Basta imaginar
Basta imaginar
um pássaro para o aprisionar,
e depois imaginar o ar para o
libertar
e imaginar asas para ele voar
e imaginar uma canção para ele
cantar.
Manuel António Pina
Na tarde do dia 4 de maio, os alunos das turmas dos
4º, 5º e 6º anos assistiram à leitura encenada de alguns poemas das obras
"O Pássaro da Cabeça", de Manuel António Pina, e "Primeiro Livro
de Poesia", de Sophia de Mello Breyner Andersen.
Esta atividade teve como objetivos fomentar o
gosto pela poesia e contactar com diferentes abordagens de alguns poemas, tendo
sido bastante apreciada, quer pelos alunos
quer pelos professores acompanhantes.
O PÁSSARO DA CABEÇA
Sou o pássaro que canta
dentro da tua cabeça,
que canta na tua garganta,
que canta onde lhe apeteça.
Sou o pássaro que voa
dentro do teu coração
e do de qualquer pessoa
(mesmo as que julgas que não).
Sou o pássaro da imaginação
que voa até na prisão
e canta por tudo e por nada
mesmo com a boca fechada.
E esta é a canção sem razão
que não serve para mais nada
senão para ser cantada
quando os amigos se vão
e ficas de novo sozinho
na solidão que começa
apenas com o passarinho
dentro da tua cabeça.
dentro da tua cabeça,
que canta na tua garganta,
que canta onde lhe apeteça.
Sou o pássaro que voa
dentro do teu coração
e do de qualquer pessoa
(mesmo as que julgas que não).
Sou o pássaro da imaginação
que voa até na prisão
e canta por tudo e por nada
mesmo com a boca fechada.
E esta é a canção sem razão
que não serve para mais nada
senão para ser cantada
quando os amigos se vão
e ficas de novo sozinho
na solidão que começa
apenas com o passarinho
dentro da tua cabeça.
Manuel António Pina
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