terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Aventuras de Mary Read, a pirata



 A ilha no paraíso

Era uma tarde solarenga e Mary Read tinha decidido dormir uma sesta. Não tinha uma boa noite de sono há dias.

De repente, ouviu um barulho muito alto e toda a gente entrou em pânico. Mary decidiu ir ver o que se passava, mas, quando o fez, um silêncio imenso encheu o navio. Sentiu-se obrigada a procurar pelos outros. No entanto, não encontrava ninguém. Determinada, foi até ao convés, onde estava o carpinteiro. Para seu espanto, todos estavam deitados no chão, exceto o carpinteiro que estava branco como uma pena. Apercebeu-se do que tinha acontecido. O navio tinha embatido numa rocha. Desatou o carpinteiro e arrastou-o com ela até um barco salva-vidas, esperando encontrar terra.

Momentos mais tarde, acordou com areia em cima de si. Tinham encontrado terra.

Era uma linda praia. Sentia a areia a queimar os seus pés de tão quente que era. Atrás do areal, estavam árvores cheias de frutos deliciosos e palmeiras tão altas que pareciam tocar no céu.

Certificando-se de que o carpinteiro a seguia, foi até à costa e começou a recolher frutos.

– Sabes, vamos estar aqui bastante tempo, devias começar a recolher alimento – propôs ela.

 – Sou o John – disse o carpinteiro.

 – Prazer John, sou a Mary – respondeu.

Passaram-se dias e noites. Tiveram de encontrar um abrigo e de lutar contra animais ferozes e outras tribos para sobreviver. Contudo, um dia, viram um navio. Acenaram, cheios de felicidade. Mal sabiam no que se estavam a meter...

 

Inês Rodriguês, 7º B


Estátua de Mary Read e de Anne Bonny, as piratas

A cidade deserta

 

Já tinham passado duas horas desde que Mary Read e o carpinteiro tinham desmaiado na ilha. Mary começava a abrir os olhos. Mal lhe vieram as ideias à memória, acordou o carpinteiro, que, num salto, se levantou.

Era uma ilha pequena com muita vegetação. O mar acariciava as plantas que nasciam perto da água. Ouviam-se os pássaros a cantar. As árvores eram de todas as formas e tamanhos.

Mary Read contou a sua história ao carpinteiro, mas este quase a ignorou. Só conseguia pensar em formas de sair da ilha.

– Temos de construir uma jangada e sair daqui! – gritava o carpinteiro.

– Mas como? Não sabemos quanto tempo iríamos ficar à deriva!

Mary Read tinha razão, porém não havia mais nenhuma maneira de fugirem de lá. Começaram então a construir uma embarcação.

A noite caía e a jangada estava quase feita. Iriam partir na manhã seguinte.

Já de manhã, ambos estavam na pequena armação a remar com uns troncos. Tinham passado quase seis horas quando os dois avistaram terra. Era uma cidade pequena e quase deserta.

Saíram da jangada e foram para o centro da cidade. Num pequeno banco, virada para o mar, estava uma senhora a chorar. Foram ter com ela e perguntaram-lhe o que se passava. Ela dizia:

– Eu cometi o maior erro da minha vida há uns anos e, ainda hoje, me arrependo muito. Abandonei a minha filha para vir viver com o homem com quem traía o meu marido. Fugi para não ser condenada, mas agora estou condenada à miséria e à infelicidade.

Mary Read ficou boquiaberta. Seria aquela mulher quem Mary pensava que era? Seria…a sua mãe?

 

                                                                                                                   Rita Machado, 7º B




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