A ilha no paraíso
Era
uma tarde solarenga e Mary Read tinha decidido dormir uma sesta. Não tinha uma
boa noite de sono há dias.
De
repente, ouviu um barulho muito alto e toda a gente entrou em pânico. Mary
decidiu ir ver o que se passava, mas, quando o fez, um silêncio imenso encheu o
navio. Sentiu-se obrigada a procurar pelos outros. No entanto, não encontrava
ninguém. Determinada, foi até ao convés, onde estava o carpinteiro. Para seu
espanto, todos estavam deitados no chão, exceto o carpinteiro que estava branco
como uma pena. Apercebeu-se do que tinha acontecido. O navio tinha embatido
numa rocha. Desatou o carpinteiro e arrastou-o com ela até um barco
salva-vidas, esperando encontrar terra.
Momentos
mais tarde, acordou com areia em cima de si. Tinham encontrado terra.
Era
uma linda praia. Sentia a areia a queimar os seus pés de tão quente que era.
Atrás do areal, estavam árvores cheias de frutos deliciosos e palmeiras tão
altas que pareciam tocar no céu.
Certificando-se
de que o carpinteiro a seguia, foi até à costa e começou a recolher frutos.
–
Sabes, vamos estar aqui bastante tempo, devias começar a recolher alimento – propôs
ela.
– Sou o John – disse o carpinteiro.
– Prazer John, sou a Mary – respondeu.
Passaram-se
dias e noites. Tiveram de encontrar um abrigo e de lutar contra animais ferozes
e outras tribos para sobreviver. Contudo, um dia, viram um navio. Acenaram,
cheios de felicidade. Mal sabiam no que se estavam a meter...
Inês Rodriguês, 7º B
A cidade deserta
Já
tinham passado duas horas desde que Mary Read e o carpinteiro tinham desmaiado
na ilha. Mary começava a abrir os olhos. Mal lhe vieram as ideias à memória,
acordou o carpinteiro, que, num salto, se levantou.
Era
uma ilha pequena com muita vegetação. O mar acariciava as plantas que nasciam
perto da água. Ouviam-se os pássaros a cantar. As árvores eram de todas as
formas e tamanhos.
Mary
Read contou a sua história ao carpinteiro, mas este quase a ignorou. Só
conseguia pensar em formas de sair da ilha.
–
Temos de construir uma jangada e sair daqui! – gritava o carpinteiro.
–
Mas como? Não sabemos quanto tempo iríamos ficar à deriva!
Mary
Read tinha razão, porém não havia mais nenhuma maneira de fugirem de lá.
Começaram então a construir uma embarcação.
A
noite caía e a jangada estava quase feita. Iriam partir na manhã seguinte.
Já
de manhã, ambos estavam na pequena armação a remar com uns troncos. Tinham
passado quase seis horas quando os dois avistaram terra. Era uma cidade pequena
e quase deserta.
Saíram
da jangada e foram para o centro da cidade. Num pequeno banco, virada para o
mar, estava uma senhora a chorar. Foram ter com ela e perguntaram-lhe o que se
passava. Ela dizia:
–
Eu cometi o maior erro da minha vida há uns anos e, ainda hoje, me arrependo
muito. Abandonei a minha filha para vir viver com o homem com quem traía o meu
marido. Fugi para não ser condenada, mas agora estou condenada à miséria e à
infelicidade.
Mary
Read ficou boquiaberta. Seria aquela mulher quem Mary pensava que era? Seria…a
sua mãe?