O sistema era simples. Toda a gente compreendia. Os
livros deviam ser queimados, juntamente com as casas onde estavam escondidos...
Guy Montag era um bombeiro cuja tarefa consistia em
atear fogos, e gostava do seu trabalho. Era bombeiro há dez anos e nunca
questionara o prazer das corridas à meia-noite nem a alegria de ver páginas
consumidas pelas chamas... Nunca questionara nada até conhecer uma rapariga de
dezassete anos que lhe falou de um passado em que as pessoas não tinham medo. E
depois conheceu um professor que lhe falou de um futuro em que as pessoas
podiam pensar. E Guy Montag apercebeu-se subitamente daquilo que tinha de
fazer...
De implicações assustadoras, a forma como reconhecemos
o nosso mundo naquele que é retratado em Fahrenheit 451 é impressionante.
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