Após terem estudado o conto "Parece impossível mas sou uma nuvem", de José Gomes Ferreira, os alunos do 8ºB redigiram textos narrativos que ilustrativos da oposição SER/PARECER. Eis alguns trabalhos!
Era
uma vez um simples homem, que, abandonando a sua terra, ia de sacola ao ombro à
procura de um novo lar. Chegando ao topo de uma colina, o homem olhou em volta.
Deparou-se logo com uma magnífica cidade, coberta por um ouro tão fino que
parecia uma estrela reluzente a convidar forasteiros a abrigarem-se nela. Maravilhado,
o homem apressou-se a chegar lá.
As duas cidades
Quando
alcançou aquela cidade, o pobre jovem espantou-se com todo aquele luxo: as
especiarias mais caras, os fatos mais luxuosos… Era o paraíso! Encantado, o homem
passou o dia a esbanjar o pouco que possuía. Assim, ao anoitecer, não tinha
dinheiro nem abrigo. Apressou-se a procurar ajuda, mas, vencido pelo cansaço,
abrigou-se num alpendre de uma loja, onde era maltratado por quem passava. A
sua estrela traíra-o!
Alguns
dias depois, o homem, tão magro como um palito, abandonou a cidade e partiu
para outra. Contudo, esta era tão velha que parecia ter ferrugem, pelo que
tinha sido anteriormente rejeitada. Quando lá chegou, o homem, derreado,
desmaiou sem forças. A população local levou-o para a melhor casa e tratou-o o
melhor que conseguiu. Assim, passados alguns dias, o homem recuperou. Naquela
cidade, os “pobrenses” (habitantes da cidade pobre) educaram-no e transmitiram-lhe
conhecimentos que, até então, ele desconhecia. O pobre rapaz rapidamente
prosperou e tornou-se um grande comerciante. Afinal, a cidade pobre deu-lhe
toda a riqueza que ele desejava.
Tiago Silva, 8º B
Ser
eu próprio? É algo a que quase não tenho tempo para me dedicar. Porquê? Porque
ser agente-secreto não dá para nos dedicarmos a nós próprios, por causa das
missões (secretas, claro, mas não vou estar sempre a dizer «secreto»). Tenho
sempre de fingir que sou outra pessoa, um cidadão que tem uma determinada
personalidade, que não é a minha. Confesso que, às vezes, me deixo levar pelo
meu disfarce, o que, de vez em quando, é bom, porém, outras vezes, é mau.
Eu próprio
Mas o quê se está a passar?! Estou numa missão delicada neste preciso momento;
é uma questão de vida ou de morte e estou a pensar nisto?! Bem, é verdade que
pelo menos uma vez na vida podia dedicar-me a mim próprio em vez de me centrar
unicamente nas missões, podia ser livre como os animais selvagens. De facto,
eles só se dedicam a si próprios, mas fazem-no para sobreviver. Bolas, lá estou
eu a distrair-me com os meus pensamentos! Se me dedicasse menos às missões,
talvez tivesse tempo para me conhecer melhor. Tive uma ideia! Depois desta
missão já sei o que vou fazer.
-
Retiras-te da agência, mas porquê? És um dos melhores agentes-secretos que
temos!
-
Talvez assim consiga conhecer-me melhor!
Lourenço Costa, 8º B
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