segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

CRíTICA Teatro


Representação da peça Auto da Barca do Inferno
Mariana Cunha, nº 16, 9º B . 12 de dezembro de 2017




A obra Auto da Barca do Inferno, escrita por Gil Vicente, é um texto dramático que foi representado pela primeira vez em 1517. Este Auto faz parte de uma trilogia composta por outras duas peças: o Auto da Barca da Glória e o Auto do Purgatório. Esta obra visa criticar os vícios da sociedade lisboeta do século XVI através de personagens-tipo.
A adaptação desta peça de teatro, a que assisti no passado dia 24 de novembro no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, foi muito interessante e apelativa, pois os atores interagiram muito com o público, que estava de pé ao seu redor, o que fez com que a audiência se envolvesse mais no enredo da peça.
Gostei também do facto de não serem necessárias quaisquer pausas para a mudança de cenário, dado que os atores transportavam consigo escadotes, que simbolizavam as duas barcas. Este aspeto tornou a representação muito mais rápida e fluida.
Um aspeto menos positivo é o facto de esta peça ser encenada num espaço com muita luminosidade, o que dificultou a sua visualização.
Esta peça era interpretada por apenas cinco atores, o que me impressionou muito, uma vez que demonstrou a sua qualidade, bem como a da companhia de teatro.
Em suma, adorei esta representação do Auto da Barca do Inferno, porque, em todos os aspetos, estava muito bem conseguida. Desta forma, recomendo-a.

   


Crítica à representação da peça Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
João Sampaio, 9º B . 9 de dezembro de 2017


O Auto da Barca do Inferno é um auto de moralidade, inserido na trilogia das barcas. Gil Vicente imagina um cais, onde há uma barca, cujo arrais é um Diabo, e outra comandada por um Anjo. Neste espaço, há um desfile de personagens-tipo, (que transportam símbolos cénicos, representativos dos seus atos em vida), que são julgadas pelos dois arrais: os que praticaram o mal são condenados e entram na Barca do Inferno; os que fizeram o bem são glorificados e aceites na Barca da Glória. Deste modo, e seguindo a máxima latina “ridendo castigat mores”, Gil Vicente pretende criticar os costumes da sociedade quinhentista e mudar a mentalidade da sociedade.
Mal chegámos ao Mosteiro dos Jerónimos, os atores vieram receber-nos e, vestidos com indumentária característica da época, apresentaram-nos o dramaturgo e o contexto desta obra. Penso que, desta forma, os alunos estiveram mais atentos.
Também considerei curioso o facto de cada um dos arrais trazer um escadote consigo, pois, assim, os atores circulavam no meio dos espectadores e interagiam com eles. Consegui mesmo imaginar a corte, em 1517, a assistir a peças de Gil Vicente.
Saliento a qualidade da representação, sobretudo, dos atores que desempenharam o papel de Anjo, de Diabo e de Parvo, pois foram muito expressivos e cómicos. De uma forma geral, admirei a eficácia e a rapidez aquando da mudança de papéis, uma vez que eram poucos atores e tinham de mudar frequentemente de roupa. No entanto, apesar destas mudanças, encarnaram na perfeição os diferentes papéis.
Por tudo o que referi, recomendaria esta adaptação da peça Auto da Barca do Inferno a qualquer aluno do nono ano (e até de outros níveis), porque a mesma me permitiu entender perfeitamente a intencionalidade do Mestre. Creio que assistir a esta peça valeu mesmo a pena.



Representação do Auto da Barca do Inferno
Mafalda Pinto, 9º B . 10 de dezembro de 2017


O Auto da Barca do Inferno é uma obra escrita por Gil Vicente, que tem como objetivo criticar algumas das classes sociais do século XVI. Para tal, é utilizado um cais onde as personagens são julgadas consoante os  comportamentos que adotaram em vida.
No dia 24 de novembro, fomos a Lisboa assistir a uma adaptação da peça Auto da Barca do Inferno, produzida pela Ar de filmes.
Na minha opinião, esta peça foi muito bem interpretada pelos atores, pois estes conseguiram cativar o público, utilizando o cómico e interagindo connosco.
No que diz respeito aos aspetos técnicos, como a peça foi representada num dos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, a luz era natural, o som era apenas a voz dos atores e, para que nós conseguíssemos vê-los, foram utilizados escadotes, o que achei uma ideia original, dado que estes adereços representavam as barcas.
Por fim, considero que a peça não tinha aspetos negativos, uma vez que é diferente de todas as outras e é tão divertida que nem nos apercebemos da passagem do tempo.
Em suma, a meu ver, esta adaptação da peça Auto da Barca do Inferno é muito boa e recomendo-a a quem estiver a pensar assistir a esta peça vicentina, porque depois de a vermos ficamos a perceber melhor a obra.

http://www.ardefilmes.org/autodabarca/







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