O meu gosto
pela leitura remonta aos meus seis ou sete anos, logo que aprendi a ler. Para
mim, as palavras tinham magia e conseguir aprender palavras novas era uma
imensa alegria.
Comecei por ler livros infantis,
entre os quais destaco os livros da “Anita”. Com eles, aprendi muito sobre
realidades que na minha aldeia não existiam e de que não se falavam.
Na minha adolescência, comecei a
devorar livros de aventuras, com a leitura integral da coleção “Os cinco” e “Os
sete”. Primeiro, com livros emprestados pelo meu primo e depois já adquiridos e
oferecidos para a minha biblioteca pessoal. Quando começava a ler um dos
livros, não conseguia parar até acabar a aventura. Às vezes, isso resultava em
ralhetes da minha mãe por me fechar nalgum sítio para ler e, assim, não fazer
mais nada!
Mas houve um livro que me marcou
muito pela positiva. Tratava--se de um livro de Odette de Saint-Maurice, chamado “A
vizinha do andar de cima”. Era uma história de uma jovem e do seu crescimento.
Recordo que a personagem principal se chamava Ana e, nessa altura, eu decidi
que me queria chamar Ana. Não consegui convencer ninguém, mas, pelo menos,
apliquei na minha vida as atitudes da personagem. Recordo-me ainda de algumas
descrições e situações que Ana viveu. Era tão impressionante para mim que até
queria usar roupas como as descritas no livro!
Ao longo da minha vida continuei a ler muito, umas vezes por obrigação e muitas por puro prazer.
Ao longo da minha vida continuei a ler muito, umas vezes por obrigação e muitas por puro prazer.
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